29/08/2016

Resenha: A Desconstrução de Mara Dyer - Michelle Hodkin


Sejam bem-vindos a mais uma segunda-feira de resenha!!!

Hoje nós vamos adentrar por um caminho mais "dark", pelos labirintos da mente e pelo que é verdade ou alucinação.
É assim que nos sentimos ao ler A Desconstrução de Mara Dyer! Sem saber se aquilo que estamos lendo é, de fato, o que está acontecendo ou apenas uma alucinação.

Bora então, conhecer esse primeiro volume da trilogia!



TÍTULO: A Desconstrução de Mara Dyer
TÍTULO ORIGINAL: The Unbecoming of Mara Dyer
SÉRIE: Trilogia Mara Dyer
AUTOR(A): Michelle Hodkin
EDITORA: Galera Record
PÁGINAS: 378
SAIBA MAIS: SKOOB

SINOPSE: Um grupo de amigos... Uma tábua ouija... Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga, justo em seu aniversário, ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto... até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente perturbada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações - ou seriam premonições? - Os corpos e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la...


RESENHA: Uma respiração, bem profunda! É o que temos a impressão de que Mara precisa durante o livro, da primeira página até a últimas palavras, da última página.
A trama gira em torno do acidente em que nossa protagonista se envolve, antes de se mudar para Miami, porquê ela não lembra o que aconteceu realmente e vamos tendo esses vislumbres - junto dela - durante a história.
Confesso que em alguns momentos senti a leitura meio travada e com cenas sem necessidade, pois, apesar da escrita não ser pesada ou refinada demais, houveram momentos em que senti essa "trava".
Em contra partida, a autora conseguiu transparecer perfeitamente o sentimento de se sentir presa, como mara nos mostra várias vezes, por causa do seu trauma/transtorno e a pressão que sua família lhe impõe.
Temos uma personagem completamente ciente do que causa àqueles a sua volta, seja numa consequência física ou emocional e é por conta disso que conseguimos sentir a instabilidade aumentar em cada virar de página.
Há momentos em que pressão imposta - principalmente pela mãe de Mara, que é psicóloga - se torna tão presente, de maneira que "pula" das páginas e é quando mais sentimos o que o ambiente familiar está causando em Mara, pois temos a imposição da mãe para que ela tome remédios anti-psicóticos e a maneira como tentam "proteger" ela, não contando algumas coisas.
Em demais personagens, temos a família dela, seus antigos amigos e Noah - o típico garoto "misterioso" com fama de pegador - mas com o decorrer da história percebemos que Noah é mais do que isso e que há um motivo para tal.
Daniel, irmão mais velho de Mara, é quem realmente tenta ajudar ela, não inteiramente, pois ninguém sabe que ela está tendo "alucinações" e outras coisas bizarras, porém ele sempre dá um jeito de amenizar a situação entre a Mara e a mãe.
Em questão da trama em si, é muito interessante, porquê temos uma personagens totalmente instável - momento alucinando e momento se comovendo - mas a autora pecou ao demostrar todo esse universo em poucas cenas, deixando o livro com pouca ação, ao colocar descrições longas demais sobre cenas triviais. Talvez isso faça com que a leitura fique um pouco arrastada...
Dentre tudo, temos o romance de Mara e Noah no desenrolar e a maneira como um afeta ao outro ou em como Mara pode afetar ele, caso tenha um pensamento errado. Tudo se mesclando com flashback em forma de sonhos, mostrando aos poucos do que Mara é capaz e a fazendo lembrar do tal acidente.
A desconstrução, ao qual o título se refere, é encontrada a cada página quando Mara tem alucinações ou pensa que são apenas obras da sua mente perturbada. Isso vai desintegrando-a aos poucos e se recompondo num novo retrato.
Claro, esse não é realmente o único problema que Mara está enfrentando - a descoberta de um mundo completamente novo - há também o fantasma - bem real - do seu ex-namorado... que está supostamente morto.
Na questão da edição, temos um bom trabalho da Galera Record. A diagramação está agradável, mesmo em comparação com o número de páginas - caso aumentassem, talvez tivéssemos um G. G. R. Martin em mãos.
Mantiveram a capa original que, por sinal, é linda e consegue passar a impressão certa da desconstrução e instabilidade que a protagonista passa, que se intensifica ainda mais por causa da tabela de cores.





MINHA IMPRESSÃO: Senti que precisava gritar em alguns momentos e libertar todo aquele estresse pelo qual Mara estava passando. O que considerei um ponto positivo, pois a autora conseguiu seu intento ao transmitir isso ao leitor.
E, para mim, o ponto negativo foi o alongamento de canas triviais e a falta de mais cenas com alucinações e com o poder da Mara.
Porém o cliffhanger deixado nos faz querer passar para o próximo livro assim que terminado este.
Esse é o tipo de história para sair da zona de conforto, devido a sensação que nos passa, mesmo com o romance que já estamos acostumados em livro YA.
Também nos mostra a visão de quando temos consciência de como nossas ações podem afetar quem está próximo e isso foi um dos pontos que mais gostei, deixando a Mara um pouco mais crível e palpável.
Assim como a adição de cenas desnecessárias, outra coisa que me deixou, no mínimo desconfortável, foi a mãe de Mara. Acho que ela resumi tudo aquilo que me faz querer se afastar de uma pessoas/personagem. Okay, ela é a mãe da Mara, porém é a maneira dela pensar que me incomodou bastante, pois ela é o tipo de pessoa/personagem que coloca a profissão acima de qualquer outro conhecimento, se tornando alguém de mente fechada e que impõe isso aos outros.
E a Mara sabe disso!
E guardem esses números: 213 & 1821!


Well, essa foi nossa resenha de hoje! Espero que tenham gostado e comente se você já leu e o que achou, se ainda não leu, deixe sua opinião mesmo assim!

Até mais!!!

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