03/10/2016

Resenha: Gata Branca - Holly Black


Sejam bem-vindos a mais uma Resenha!!!

Hoje, vamos falar de uma das melhores trilogias - para mim, Bia - que foi escrita por uma das minhas autoras favoritas, a maravilinda e diva Holly Black.

Bora então, conhecer e saber um pouco mais desse maralivro!



TÍTULO: Gata Branca
TÍTULO ORIGINAL: White Cat
SÉRIE: Mestres da Maldição - Livro 1
AUTOR(A): Holly Black
EDITORA: Rocco
PÁGINAS: 360
SAIBA MAIS: SKOOB

SINOPSE: Cassel vem de uma família de mestres da maldição – pessoas que têm o poder de mudar emoções, memórias e destinos com o mais leve toque das mãos. Mas fazer isso é ilegal, o que significa que todos eles são criminosos. Exceto Cassel. Ele não tem o toque mágico, está de fora: é o único filho normal em uma família paranormal. O único detalhe é que matou sua melhor amiga.
Tentando fugir de seu terrível passado, Cassel faz de tudo para ser como os outros garotos. Uma noite, porém, tudo vai por água abaixo: depois de sonhar repetidas vezes com uma estranha gata branca, um ataque de sonambulismo o põe em perigo e ele começa a achar que seus irmãos estão escondendo mais do que alguns segredos.
Desconfiado de que não passa de uma pequena peça de um grande golpe, Cassel começa então a fazer uma busca em seu passado e em suas memórias, que parecem lhe fugir. Para desvendar os mistérios de sua vida, ele vai precisar armar um verdadeiro golpe de mestre.


RESENHA: Aqui temos um universo completamente diferente do que estamos acostumados. Em "Mestres da Maldição", nos deparamos com uma história fantástica onde é possível amaldiçoar uma pessoa apenas com um único toque. Simples assim. 
É em meio a essa sociedade que nosso protagonista vive, cercado de intrigas, casos envolvendo mafiosos - uma das famílias mais influentes, nesse caso - e um passado que o assombra dia e noite.
Porém tudo parece apenas um micro pedaço de um quebra-cabeça a cada páginas, quando estamos certos de que "é assim", a Holly vai lá e nos mostra que não é exatamente "assim". Há muita coisa rondando a cabeça de Cassel, bem como estranhos eventos recorrentes, além de ser considerado a "ovelha negra" da família, pois ele é o único que não possui nenhum poder de maldição.
Todo o suspense criado em torno dele e da sua família se mostra muito mais do que apenas um pequeno drama familiar, de alguma forma indesejada para Cassel, ele não consegue se manter longe de toda a confusão.
A maneira como a Holly nos apresenta essa trama enigmaticamente contagiante, com todos os Mestres da maldição, gangsters por todos os lado - e como uma coisa está ligada a outra - passados incompletos e distorcidos, além de um protagonista masculino fenomenal, é simplesmente de tirar o fôlego.
E por ser uma narrativa em primeira pessoa, temos um ótimo ponto enquanto vemos o mundo pelos olhos do Cassel. A linguagem coloquial e, ligeiramente, brusca nos dá uma voz masculina de presença e própria, não deixando dúvidas quanto a isso.
A ação no livro é instigante e mesclada por pequenas revelações aqui e ali, dando forma a um lado que, nem mesmo Cassel, conhecia sobre ele mesmo e sobre seu passado.
É muito fácil adentrar na história de cabeça e sentir a atmosfera que cerca toda a trama. As descrições fazem com que possamos sentir na pele o que acontece, como no caso do "Rebote", que é um tipo de efeito colateral por usar a magia - para cada Mestre o efeito do rebote é diferente, em geral está relacionado ao tipo de magia que o Mestre executa.
A Holly criou uma sociedade completamente desconfiada, já que todos devem usar luvas, mesmo aqueles que não possuem o "toque mágico", pois o ato contrário pode ser considerado um risco iminente de morte - já que não há como saber quem vem de uma família de Mestres da Maldição. Além de ser tratado como uma grosseria também.
O universo que ela construiu, numa leitura rápida e fluída, nos faz querer nunca deixar esse mundo de lado, mesmo com todos os gangster pipocando por todos os lados.
A personalidade do Cassel é concisa e percebemos como as mudanças na trama o afeta - para o bem e para o mal - e conseguimos compreender os motivos que o levam agir dessa ou daquela maneira, diante de situações mais exigentes.
Assim é com todas as outras personagens, elas possuem uma voz própria e distintas umas das outras.
Quanto a edição brasileira, a Rocco acertou em manter a primeira capa original (depois dessa, vieram outras duas... se não me engano). Em relação a parte interna, está muito agradável, realmente.
Particularmente, acho essa capa linda e é muito fácil de identificar o Cassel como o moço da capa (Tom Sturridge).




MINHA IMPRESSÃO: Eu pirei quando fiquei sabendo que a Rocco iria lançar "White Cat" e foi muito mais do que eu ansiava e esperava. A Holly tem um "toque mágico" de nos fazer entrar de cabeça nas histórias dela e viver aquele universo junto do protagonista.
O mais legal de tudo, é que essa trama é uma quase releitura moderna de um popular conto de fadas francês, chamado "The White Cat" da Madame d'Aulnoy e a Holly consegue nos cativar e envolver ao "recontar" essa história. Vale a pena procurar esse conto de fadas para conferir.
Foi muito fácil se apaixonar pelo Cassel e todo o mundo dos Mestres da Maldição. É a história perfeita para sair da "zona comum" das leituras, sem deixar o toque fantástico de lado. 
Outro ponto legal - para as moças que gamam no "bad boy" das histórias - é que aqui ele é o protagonista! Hahahaha
Uma das coisas que mais me "prendeu", além de toda a trama, foi a maneira como tudo termina. A Holly soube manipular as palavras com maestria e nos entregar uma cena de filme, exatamente como se estivéssemos assistindo àquela cena pós-créditos, que no livro é, literalmente, como encerra esse primeiro volume.
Acho que minha única reclamação, para a trilogia como um todo, seria sobre a demora para o lançamento dos outros dois volumes.
De mais coisas a serem ditas e mencionadas sobre Gata Branca, é que recomendo o livro para todos vocês!    


E você, já leu Gata Branca? Ficou interessado e pretende ler? Conte para nós! Gostamos de interagir com vocês, nossos maravilindos leitores! Vamos trocar algumas ideias!



Carinhosamente,
Equipe EL&E

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