13/03/2017

[Resenha] O Domínio do Lobo, de Patricia Briggs

Hello people,
Sejam bem-vindo a mais uma Resenha!!!

Dando continuidade às resenhas da série Alfa & Ômega (primeiro volume com resenha AQUI), trouxemos o livro dois, Domínio dos Lobos.

Essa é uma das minhas série preferidas, porquê eu simplesmente acho perfeita construção do relacionamento entre a Anna e o Charles!

Por enquanto, há três livros lançados aqui no Brasil e que espero que a editora lance os outros dois!!!

Bora então, conhecer um pouco mais sobre esses MARAVILOBOS?!


TÍTULO: O Domínio do Lobo
TÍTULO ORIGINAL: Hunting Ground
SÉRIE: Alfa & Ômega
AUTOR(A): Patrica Briggs
EDITORA: Novo Século
PÁGINAS: 264
ANO: 2013
SAIBA MAIS: SKOOB

SINOPSE: A humanidade estaria pronta para conviver com lobisomens? Depois de se transformar em lobisomem, Anna Latham não fazia ideia do quanto sua vida se tornaria complicada… e perigosa, já que acabaria se tornando a companheira de Charles Cornick, o filho do líder de todos os lobisomens da América do Norte, Bran.
Anna e Charles são convocados para uma importante reunião, que pode mudar o destino de sua espécie. Bran acredita que é chegada a hora de os lobisomens do mundo revelarem sua existência à humanidade. Porém, o mais temido lobisomem Alfa da Europa se coloca radicalmente contra o plano, e ele parece não ser o único a ter esta opinião. Quando Anna é atacada por vampiros, num tipo de ofensiva mágica que apenas um lobisomem poderia executar, ela e Charles resolvem combinar seus poderes para descobrirem quem estaria por trás disso tudo… ainda que isso lhes custe suas vidas.

RESENHA:E chegamos ao segundo volume da série!!! Onde encontramos Anna e Charles, em apenas algumas semanas depois dos acontecimentos do primeiro livro, entrando numa nova história e, com toda certeza, beeem interessante.
Dessa vez, a ameaça vem de praticamente todos os lados, quando Bran – pai de Charles e Marrok dos lobos da América do Norte – decide que o mundo precisa saber sobre a existência dos lobisomens. Muitos o apoiam e muitos descordam completamente dele e isso, mais o fato dele ser um lobo poderoso, causa essas muitas controversas.
Bem, até quase o final do livro, é o que pensamos. Que todos os acontecimentos giram em torno da conferência arranjada para acertarem os acordos dessa revelação e o próprio acordo e as consequências que acarretam para os lobos do mundo todo.
Dessa vez, temos outras criaturas envolvidas na trama, como vampiros e Faes – que se destacam um pouco mais que outras criaturas – e trolls. Além, de um das maiores lenda de lobisomens da Europa, La Bête du Gévaudan (ou A Besta de Gévaudan), como um lobo existente nos tempos atuais – os lobos são imortais, até que os matem – e também, uma introdução muito bem trabalhada do Rei Arthur.
Então você pergunta: Como, no universo, essas duas coisas tão distintas se encaixam nessa trama?!
E eu respondo: A Patricia soube manipular a história inteira, de maneira que você não vê as coisas se encaixando até que aconteça, foi fenomenal!
Assim como ela colocou as lendas dos nativos norte-americanos no primeiro livro, temos aqui A Besta de Gévaudan (que se trata de acontecimentos do século XVIII em Gévaudan, na França) e a Patricia trabalhou em cima dessa “lenda”, criando um lobisomem temido por quase todos.
E então temos O Rei Arthur, que parece não fazer sentindo nenhum aqui, mas também foi muito bem intrincado na trama.
O fato de termos um universo que abrange criaturas além de lobisomens – mesmo que a série seja o foco – permite que as coisas sejam moldadas e adaptadas perfeitamente para a história. Claro, nesse caso, a Patricia sabe trabalhar com o material que tem em mãos, mesmo que o começo tenha sido um pouquinho parado, logo engajamos nos mistérios que envolvem os acontecimentos e já estamos pensando em quem é o responsável e os motivos – ao lado das personagens “do bem”.
Temos alguns resquícios dos traumas de Anna sendo abordados nesse livro também, mas que pendem para um lado… um pouco diferente dessa vez. Charles está compelido a fazer qualquer coisa por sua companheira e o irmão lobo dele também, principalmente se é para que Anna o toque sem medo ou ele a toque sem que a assuste.
Somos apresentados a muitos outros lobos também, tanto bons quanto maus e vamos descobrindo isso apenas a medida que a história vai se desenrolando. Há bastante magia envolvida aqui também, já que todos os seres fantásticos (lobisomens, vampiros, trolls e claro, as Faes) possuem seu próprio tipo de magia – além das próprias bruxas.
Gostei bastante do desenvolvimento entre a Anna e Charles, de maneira que as personagens são mais aprofundadas e um pouco mais trabalhadas. No entanto, não há tantos momentos quanto eu acho que a Patricia poderia ter incluído na trama, em relação aos dois.
A escrita continua fluída, mas poderia haver um pouco mais de diálogos também. Há bastante explicação da trama em si e também sobre as personagens, nos dando uma boa clareza de como se sentem ou o que estão pensando e nesse caso, é um ponto positivo, pois não deixa dúvidas quanto a personalidade – mesmo que a mesma não revele, exatamente, quem é o arquiteto de todos os planos maquiavélicos da trama…
Essa dúvida permanece até o momento em que é revelado… ou um pouquinho antes hahahaha
Quanto a edição, há alguns errinhos de gramática aqui e ali, em geral faltando apenas alguns “ques” para juntar as frases, mas não é algo que atrapalha a leitura, é apenas algo que você vai perceber. Na parte de diagramação, está superagradável, com bom espaçamento e fonte em tamanho apropriado.
E a capa – essa lindeza como a anterior e próxima – com essa neve brilhante e pelos nas orelhas (muito conveniente hahahahahha) e na parte de trás, ficou uma… lindeza! Realmente gosto bastante das capas que a Novo Século criou para a série/trilogia.


MINHA OPINIÃO: No começo eu fiquei com medo que o livro não ficasse próximo do primeiro. Que não suprisse minhas expectativas, mas superou, principalmente quando a história se revela como um todo.
Em particular, achei que faltou mostrar um pouco mais da interação entre a Anna e Charles, apesar dos momentos deles serem ótimos. Gosto quando o irmão lobo fala com a Anna e até mesmo quando é o próprio Charles, e isso poderia ter sido acrescido com um pouco mais de diálogos (não se trata daquela relação onde o casal não conversa, é mais na história como um todo, pois ela não apresenta tantos diálogos assim).
Porém, isso é substituído com a incrível trama com que a Patricia nos presenteia. Sinceramente, achei o máximo ela ter mesclado a história da La Bête du Gévaudan e a lenda d'O Rei Arthur. A maneira sútil como vamos descobrindo, nos mostra que ela soube realmente trabalhar com esses elementos, de maneira que não se tornou algo forçado demais. Como eu disse, ela tem um bom material com esse universo e sabe como manipular para entregar uma boa história.
Posso dizer que essa é uma das minhas séries/trilogias favoritas – sou suspeita para falar, já que envolvem lobos e outros seres fantásticos hahahaha
Gosto muito da relação entre a Anna e o Charles. Pode ser subentendido de maneira errada o lance de Alfa e Ômega, como já li em algumas resenhas que levaram para o lado de submissão (como a relação entre um dominante e submisso) e isso me entristece um pouco, pois é o completo oposto… ambos os personagens são esse oposto de forças, não quer dizer que um manda e outro obedece. E a Patricia nos mostra muito bem isso nas ações da Anna, que apesar de parecer covarde em alguns momentos é uma personagem determinada e subestimada demais. Ela tem tanta força quanto Charles, porém seu lobo aplica isso de maneira diferente.
E isso foi um ponto muito bem tratado no livro.
Acho que a Anna é uma das minhas personagens femininas favoritas, pois ao mesmo tempo em que tem espaço para ter os próprios pensamentos, ela sabe e considera os pensamentos do Charles também. Não há todo aquele mimimi super massante de personagens querendo se provar, pois querem fazer as coisas de maneira mega independentes ao ponto de se tornarem chatas, mesquinhas e irritantes.
E a mesma coisa acontece com o Charles. Ele é um Alfa, nesse caso faz com que ele seja dominante, por causa da presença que ele exerce nas pessoas a sua volta e é superprotetor, mas, ao mesmo tempo, sabe que a Anna precisa do espaço dela, tanto para ser quem ela é quanto para se adaptar a nova perspectiva de vida (com relação ao que era na antiga alcateia). Ele conhece o potencial da Anna e nunca coloca isso em dúvida, nem ele e nem o irmão lobo.
Isso abre espaço para que a história não gire, de maneira insuportável, apenas ao redor da relação deles. Deixa com que se torne tão natural quanto possa ser e isso é bonito!
E me deixa muito feliz!!! <3


E então, já leram Lobos Não Choram ou O Domínio do Lobo??? Deixa seu comentário e nos conte o que achou.
E se ainda não leu, comenta também o que achou da resenha e se ficou com vontade de conhecer essa série.

Até a próxima Resenha!

Carinhosamente,
Equipe EL&E

2 comentários:

  1. Oie Bia!!
    Já li a trilogia e também adoro a mistura de lendas que a autora usa. Essa série me ganhou pelas capas, são liiindas! Mas acho a história um pouco fraca, porque trabalha pouco o romance. Pra mim, faltou muita cena entre os protagonistas pra fundamentar um amor tão forte.
    De qualquer maneira, não me lembro muito da história em si, pq li faz um tempo e a leitura não me marcou. Mas, me lembro de ficar fascinada com as Faes..criaturas curiosas!!!
    Um beijo

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    Respostas
    1. Oii Bia (isso é tão maneiro ahahah)!
      Concordo com você, em tudo. Apesar do casal dessa série ser o meu favorito dentre todas as séries que já (acho que deu pra notar, nee?! hahahhah), também achei que faltou cenas românticas, nesse ponto a autora pecou.
      Rei Arthur e A Besta de Gévaudan, na mesma história? Foi sensacional!!!
      Esse eu não li a taaaanto tempo quando o primeiro hahahhaha

      Bjus

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