19/12/2016

Resenha: O Hobbit - J.R.R. Tolkien


Boa noite, people!!!
Sejam bem-vindos a mais uma Resenha e hoje, uma das maiores inspirações, Tolkien.

O Hobbit, princípio da Saga d'O Um Anel e igualmente ícone para muitos escritores (ao lado da trilogia O Senhor dos Anéis, claro) e não podia deixar de faltar aqui no blog!!!

Bora lá, conhecer (se você ainda não conhece) um pouco mais de O Hobbit.



TÍTULO: O Hobbit
TÍTULO ORIGINAL: The Hobbit
SÉRIE: ---
AUTOR(A): J. R. R. Tolkien
EDITORA: WMF Martins Fontes
PÁGINAS: 296
SAIBA MAIS: SKOOB 

SINOPSE: Bilbo Bolseiro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem à sua porta e levam-no para uma expedição. Eles têm um plano para roubar o tesouro guardado por Smaug, o Magnífico, um grande e perigoso dragão. Bilbo reluta muito em participar da aventura, mas acaba surpreendendo até a si mesmo com sua esperteza e sua habilidade como ladrão!


RESENHA: “Numa toca no chão vivia um hobbit.” A história de Bilbo já com essa citação, numa descrição sobre como era a moradia de um hobbit, que nada mais é do que uma metáfora, para como os hobbits se sentem em relação ao Condado.
E isso é genial, pois é exatamente como nos sentimos quando estamos na nossa “zona de conforto”.
Sou suspeita para falar de Tolkien, pois ele é um dos meus autores preferidos – da vida – e é sempre difícil escrever uma boa resenha crítica quando envolve um autor/livro que gostamos muito, sem deixar que pequemos apenas para aquilo que nos agrada. 
E O Hobbit não é exceção.
A trama, acredito eu, que todos já conheçam, seja pelo livro ou pelos filmes. Mas para aqueles que ainda não tiveram essa iluminação na vida, O Hobbit vai contar a história do Bilbo Bolseiro, um hobbit que vive no Condado e assina um contrato para ser o ladrão de um grupo de anões.
Hobbits são criaturas muito acomodadas e em raríssimas exceções deixam o conforto de suas “tocas”. Bilbo também é assim, porém ele tem uma “veia” aventureira também e é esse seu lado – que depois de muito pensar – o leva a aceitar o trabalho como ladrão e então sua aventura tem início. O Hobbit é um prelúdio para todos os acontecimentos em O Senhor dos Anéis, é quando temos o “primeiro” contato com o Um Anel – nas mãos de um hobbit.
Nesse livro temos um teor mais leve na maneira como Tolkien nos conta a história, pois a intenção era para ser um livro infantil e é possível perceber isso em algumas passagens. No entanto, a escrita do Tolkien é tão fantástica, fluída e cheia de metáforas, que é difícil realmente acreditar que sua ideia era um livro para crianças.
A todo momento somos “enganados” sobre personagens importantes e aqueles com menos importância, pois há situações onde aquelas personagens que se destacam menos – no decorrer da história como um todo – ganham seu ponto de importância, de uma maneira sútil e linda (não há outra palavra para descrever) e muitas vezes – na maioria – não são ações de grande feito e sim, em atitudes capazes de mudar o rumo da história inteira.
Geralmente são essas personagens que acabam conduzindo o protagonista. E em O Hobbit existe todo esse lado sútil na trama, além da construção de relações entre os personagens e da própria evolução dessas personagens ao decorrer da trama.
Particularmente, para mim, Tolkien tem uma das escritas mais bonitas e isso torna a leitura prazerosa, ao ponto que você vai lendo, lendo, lendo e, quando percebe, o livro acabou. Acho muito difícil alguém não se emocionar com a trama de O Hobbit, que acima de tudo, fala de amizade – da forma mais pura dela – e de como isso é capaz de transformar o indivíduo, para melhor e o fazer entender que o horizonte não é apenas aquele que vemos das nossas janelas.
Esse é o ponto crucial para Bilbo, pois é quando ele entende que, enquanto estava confortavelmente sentado numa poltrona, lendo um livro e comendo do bom e do melhor, na tranquilidade do Condado, Thorin e os outros anões não tinha esse mesmo conforto – que um dia tiveram – e passaram alguns bons anos longe do que é saber o que é um verdadeiro lar. E o Tolkien consegue criar essa cena e transmitir isso ao leitor numa escrita leve, porém emocionante – ao ponto de ser tocante, realmente.
Acho que o que mais me agrada, em O Hobbit como um todo, é a evolução das personagens e as amizades que são criadas no decorrer da trama. Além das mensagens nas entrelinhas, que podem ser levadas para a vida.
E mesmo para aqueles que querem apenas uma boa história e sair do “lugar comum”, O Hobbit é o livro perfeito para isso.
Em questão da edição, nota 10 para a editora. A minha edição é a comemorativa, de 75 anos e está fenomenal. A diagramação está perfeita, contém algumas ilustrações e a capa é dura.
Lindo!




MINHA IMPRESSÃO: Há uma citação do The Sunday Times que diz o seguinte “O mundo está dividido entre aqueles que já leram O Hobbit e O Senhos dos Anéis e aqueles que ainda não leram”.
Simples assim!
Tolkien é uma das minhas grandes inspirações, ao lado de uma outra autora (nacional) e em O Hobbit esse sentimento apenas se intensificou. Só há uma palavra para descrever o trabalho dele nesse livro, MAG-NI-FI-CO!
Dá tanta vontade de entrar no livro, literalmente, e vivenciar essa aventura ao lado do Bilbo e dos anões. Verdade seja dita, eu simplesmente adoro a Terra Média e tudo o que ela envolva, a maneira como Tolkien a criou, as lendas e mitos que ele intrincou com as histórias e em como ele nos apresenta todo esse universo.
O Hobbit é o tipo de livro “Cabeceira” – apesar de o meu estar dentro do armário pra não encher de pó hahahaha – pois é uma história que, para quem gosta, nunca enjoa.
Uma coisa que não posso deixar de mencionar, são o clichês… na verdade, não há o que mencionar, pois eles não existem na trama. Há, sim, aquele ponto pelo formato, mas isso acaba se tornando irrelevante dada a magnitude da trama e em como ela consegue nos “atingir” e emocionar.
Para quem está naquela metade que ainda não leu O Hobbit, é um bom ponto de partida para entrar nesse universo. Não pela cronologia, mas por ser uma trama mais “leve” (com escrita mais leve) do que O Senhor dos Anéis – onde temos uma trama muito mais elaborada e igualmente mágica e linda.
A trama vai agradar a todos que gostam de fantasia, esse tipo de fantasia. Não é uma trama previsível demais e é muito difícil achar pontos que “devem” ou “poderiam” ser mudados, pois ela se fecha e se intrinca perfeitamente. É o tipo de livro que o leitor sai satisfeito depois de ler.
E muito emocionado também!

Enfim, O Hobbit é perfeito em vários sentidos! Pronto, falei!


E você, já leu O Hobbi? Ainda não? Então corre lá pra conferir e depois volta aqui pra nos contar o que achou!!! Já leu? Deixa aqui seu comentário e sua opinião!!!



Carinhosamente,
Equipe EL&E

Nenhum comentário:

Postar um comentário