Olá, pessoal!
Para ficar mais diversificada a nossa coluna de Resenha,
hoje teremos um Romance de Época (que, por acaso, é o meu gênero preferido ❤)
Desde que eu li o Príncipe dos Canalhas, eu tenho me
apaixonado profundamente por esse gênero. Porém comecei a ter dificuldade em
encontrar livros com ideias diferentes - geralmente são focados na ideia que
mocinha que precisa casar, que cara libertino terá uma redenção e que serão
feitos acordos entre as famílias com benefícios e posses. Nunca há uma trama a
mais ou algo divertido rolando. E se você, como eu, está procurando esse algo a
mais, a série “O Clube dos Canalhas” é a pedida certa.
Então, vamos conhecer o Cassino Anjo Caído?
Entre a Ruína e a Paixão
SÉRIE: O Clube dos Canalhas – Volume 3
AUTOR(A): Sarah MacLean
EDITORA: Gutenberg
PÁGINAS: 297
SAIBA MAIS: SKOOB
Sinopse:
Uma noiva desaparecida na véspera de seu casamento.
Um poderoso duque acusado de assassinato.
Uma noite que mudou duas vidas para sempre.
Temple viu seu mundo desmoronar quando acordou completamente nu e
desmemoriado em uma cama repleta de sangue. Destituído de seu título e acusado
de assassinato, o jovem duque foi banido da sociedade. Doze anos depois,
recuperado em sua fortuna e seu poder como um dos sócios do cassino mais famoso
de Londres, sua redenção surge quando a única pessoa que poderia provar sua
inocência ressurge do mundo dos mortos. Após doze anos desaparecida, Mara Lowe
se vê obrigada a reaparecer quando seu irmão perde toda a fortuna da família
nas mesas do cassino do homem cuja vida ela arruinou. Temple quer provar a
todos que é inocente e, sobretudo, se vingar e destruir a vida daquela mulher,
enquanto Mara precisa enfrentar o passado para recuperar seu dinheiro. Assim,
os dois firmam um acordo obsceno que os une em um jogo de poder e sedução. Mas
ambos descobrem que a realidade esconde muito mais do que as aparências revelam
e eles se veem em uma encruzilhada na qual precisam escolher entre lavar a
honra do passado e garantir o futuro ou ceder ao desejo de se entregarem de vez
à irresistível atração que sentem um pelo outro, mas que pode arruiná-los para
sempre.
Quando eu vi esse livro, eu
simplesmente comprei sem ver que era de uma série e, ainda por cima, o terceiro
volume dessa série. Mas como não ficar com vontade de ler depois dessa instigante sinopse? Sarah MacLean tem
sido cada vez mais minha queridinha de
Romances de Época, pois além de ideias diferentes das disponíveis no mercado, ela desenvolve uma trama secundária ao
romance dos mocinhos. Deixando assim, o livro dinâmico, original e fluído, mesmo naquelas partes chatas, principalmente
quando o casal fica se negando o que é claro!
A trama é toda montada em cima
das consequências de uma escolha de Mara Lowe, há 12 anos atrás. Com medo do
seu futuro marido que era três vezes mais velho que ela e pai do futuro Duque de
Lamont, William Harlow, Mara arma um plano “infalível”
para escapar desse fatídico fim. Porém, ao executar, acaba jogando na desgraça
do seu Ex-Futuro-Enteado (Não sabia como chamar hahaha), William.
William, desesperado, expulso do
seu lugar na sociedade e duvidando da sua própria inocência, se joga em uma
vida de lutas e jogatinas afim de encontrar a sua paz. Assumindo um novo nome,
Temple, e associando-se a mais três pessoas, cria o cassino mais poderoso de
Londres, recuperando sua fortuna e poder. Porém, como os livros precisam de boas reviravoltas, Mara volta a vida de
Temple e oferece seu antigo mundo em troca do perdão da dívida de seu irmão no
Anjo Caído. E daí, é só confusão e tentações.
O livro é escrito todo em
terceira pessoa, o que deixa a linguagem mais madura (Não há tantos vícios de
linguagem e nem divagações tolas) e um vocabulário mais rico, típico do gênero.
Além disso, a narrativa mostra várias versões, não nos prendendo a uma única
personagem e seus atos. A leitura do livro é fluída, sem momentos maçantes,
graças as tramas secundárias e algumas reviravoltas surpresas. Tem que ter
muito autocontrole para ler só mais um capítulo antes de dormir hahahah
As personagens, como sempre, são
carismáticas. Há a presença dos personagens anteriores (dos dois primeiros
livros) com a continuação das vidas deles. O que, particularmente, gosto muito,
já que nos mostra o depois do “Feliz para Sempre”.
Mara é uma mulher atípica de
romance de época. Pouco ingênua, muito, muito resistente ao amor (parte
chata), maluca e destemida. Com vários traumas na infância, está sempre
lutando para ter controle do seu próprio destino e se sacrificando pelos que
amam. Tem um pouco do complexo de “Senhora Determinante de Destinos” se
culpando todo o livro pelas consequências negativas que suas escolhas tiveram
nas pessoas (parte chata).
Temple é um homem atípico também.
Diferente de todos os Duques, Condes, Marqueses e etc. dos romances, ele não é
libertino. Não mais. Principalmente depois do seu apelido de Duque Assassino (o que explica muita coisa). Então, só
para variar muito, não há a redenção de pecados por luxuria nesse livro! Outra
característica interessante, é a forma que ele encara a luta. Nunca lutando por
gloria ou poder, apena para encontrar paz e tranquilidade. É o primeiro a
decidir a favor do amor e correr ao encontro dele – nos salvando assim, da
hesitação de Mara. E por fim, é deliciosamente malicioso. Dando aos diálogos do
livro aquele fator quente excepcional.
A trama é gostosa de ler, como já
disse. Porém possui algumas explicações meio bobas, o que acho que poderia ser
trabalhado melhor. [SPOILER] Como a ideia de Mara de por meio litro de sangue
para fingir a perda da virgindade e o desfecho do livro (não vou dar mais Spoillers). O fim foi um pouco fraco comparando
toda a trama montada pela autora, mas, com certeza, não estraga o livro. Só
enfraquece um pouco.
Também achei meio forçado o fato
deles terem se apaixonado na noite que ela fugiu - há 12 anos atrás. Se você já
leu os dois primeiros, deve ter notado que o amor dos mocinhos é construído ou
na infância ou durante o convívio deles. Tornando mais crível o romance deles,
o que nesse livro se perdeu um pouco. Claro que há vários momentos que mostra
que eles se apaixonaram porque cada um viu no outro a sua imagem, enquanto
ficaram juntos por causa da vingança de Temple. Porem no final, o amor deles é
colocado como se fosse amor à primeira vista.
O livro em si é lindo. Tem uma
diagramação boa para leitura (Amo você por isso, Editora) e é recheada de
detalhes, como a máscara para a mudança de pontos de vista. O que ainda me
incomoda muito, e não só a mim, é o uso de aspas em vez de travessão nos
diálogo - podendo causar confusão entre pensamento e fala. Mas depois de alguns
capítulos, você se acostuma (ou não).
Nossas Impressões: Escolhi fazer a resenha desse livro por dois
motivos: primeiro, porque a história é excepcionalmente diferente do que
encontramos por aí. Vale muito a pena ler! Segundo, porque é um livro que não é
completamente perfeito, porém tem um potencial incrível, só faltou ser
trabalhado um pouquinho melhor em alguns aspectos. Quase nada. Veja, é o
terceiro livro de uma série de romance de época. A autora pode pecar um
pouquinho sem perder a graça da sua escrita.
Esse romance tem vários ponto de
clímax, o que deixa a história mais divertida. Há algumas reviravoltas e
momentos que a única expressão que descreve é “PQP”. Fora isso, tem a
continuação das vidas de Penny, Bourne, Pipa e Cross e deixa o ganchinho para
Chase, o sócio mais frio e misterioso do cassino (pulguinha atrás da orelha).
Se você gosta de Romances de
Época ATÍPICOS, DIVERTIDOS e muito SENSUAIS, Entre a Ruína e a Paixão é aquela pedida!
Sobre a Série:
Entre a Ruína e a Paixão é o terceiro livro da série "O Clube dos Canalhas". A Gutenberg, editora responsável pelo lançamento da série aqui no Brasil, já lançou toda a série e no fim do ano passado começou a lançar uma nova série de Sarah, Escândalos e Canalhas.
Série O Clube dos Canalhas:
1 - Entre o Amor e a Vingança
2 - Entre a Culpa e o Desejo
3 - Entre a Ruína e a Paixão
4 - Nunca julgue uma dama pela aparência
Agora, se já leu esse livro maravilhoso, comente e nos diga o que achou. Se vai ler, nos conte também. Leu outro livro da Sarah? Qual? Comente, participe!
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