22/03/2017

[Produto Nacional] Entrevista com Thais Lopes

Hello people maravilindas,
Sejam bem-vindas a mais um "Produto Nacional" com Entrevista.

Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre essa autora, que já apresentamos obras dela por aqui, como a série Filhos do Acordo.
É um imenso prazer ter contato com a Thais, pois além de uma excelente autora, é alguém com quem se pode trocar boas ideias e também se divertir. 
Estamos muito contente que ela aceitou participar, pois é emocionante demais!

É uma entrevista bem divertida e com textão (como a gente A-DOOO-RAA).

Bora conhecer mais sobre a Thais Lopes!


EL&E: Quando você começou a escrever?
T.L.: Basicamente, quando aprendi a escrever. Sempre tive muita imaginação, inventava histórias desde criancinha, e comecei a escrever essas histórias praticamente desde que aprendi a escrever mesmo. Comecei a pensar em escrever “a sério” mesmo quando tinha dezoito ou dezenove anos, que foi quando comecei a conhecer as editoras que trabalhavam com autores nacionais e comecei a ver a opção de publicar independente.

EL&E: Como é para você escrever? (O que sente? O que te motiva a contar histórias? O que acredita que elas fazem com quem as lê? Como é seu processo de criação?)
T.L.: É um vício. Eu simplesmente não consigo não escrever. Costumo brincar falando que tenho um probleminha de excesso de criatividade, e isso é bem verdade. Qualquer coisa pode virar ideia, literalmente. Já comecei livros por causa de sonhos, o que é até comum. Mas já comecei livros por causa de comentários aleatórios feitos no telefone, por causa de surtos assistindo filme, por causa de uma frase solta qualquer que escutei andando na rua, por causa de letra de música (esse é bem frequente, aliás), por causa de alguma imagem que vi... E por aí vai. As histórias brotam quase que sozinhas: já aconteceu de eu estar em um ensaio do coral e do nada eu estar pensando em uma cena se passando em um bar de lobisomens. Até hoje não sei de onde isso veio, juro! Mas no fim das contas, o que realmente me motiva são as reações e os comentários depois. Saber que tem pessoas que acreditam no meu trabalho e que, de alguma forma ou de outra, minhas histórias fazem partes de outras vidas agora, não só da minha.

EL&E: O que inspirou a escrever sobre o universo dos seus livros?
T.L.: A minha vontade de ler livros e mundos assim, principalmente. Cresci lendo muita fantasia, e sempre senti falta de mulheres fortes como protagonistas. No máximo, elas estavam lá como coadjuvantes, para ajudar o protagonista homem. Isso foi me irritando tanto, que quando escrevi minha primeira história no mundo das Crônicas de Táiran a situação era a seguinte: tinha acontecido uma guerra, a maior parte da população tinha fugido, e só ficaram as mulheres para lutar. Lembro da minha mãe me perguntando até hoje porque eu não escrevia nenhum personagem importante que fosse homem. Então eu criei mundos onde as mulheres eram fortes, onde elas podiam tomar a frente numa luta e isso seria normal, ou até mesmo esperado. Até hoje, isso é uma marca dos meus livros. Depois da questão das mulheres, vieram outras questões sociais, que eu queria ver sendo trabalhadas em livros, mas sem que me deixassem com aquela sensação de que o autor estava querendo me dar uma lição de moral. Então eu juntei isso tudo com as ideias malucas que brotam do nada, e essa acaba sendo a inspiração para todos os meus mundos.

EL&E: Qual personagem você teve mais prazer em escrever (Vilões, Mocinhos, Alienígenas...)? Por quê?
T.L.: Krisla, protagonista de Protetora. Ela foi a minha personagem mais difícil de escrever até hoje. Tem um passado complicado, tomou decisões difíceis (e deixou de tomá-las também) e ainda arca com as consequências disso o tempo todo. Foi difícil demais entrar na cabeça dela, mostrar a Krisla como eu a imaginava, passar o que eu queria que a história dela passasse. Acho que justamente por ter sido uma personagem tão complicada de escrever, foi aquela que mais me fez abrir sorrisos quando escrevia as cenas e via a história dela fluindo, e depois vendo o resultado final.

EL&E: Na(s) trama da(s) sua(s) história (s) tem algum elemento ou fato que retirou da sua vida pessoal, algum trauma ou experiência marcante fantasiada na narrativa?
T.L.: Já admiti por aí que a Gabi, protagonista de Kernos, tem umas tantas coisinhas minhas (mas eu não tinha como não me representar nessa história. Não mesmo). Fora isso, em quase todos os livros eu aproveito alguma coisa da minha vida nas histórias, mas diluindo e encaixando dentro daquele contexto ali. É uma forma de jogar o aquilo ali para fora, ao mesmo tempo em que eu consigo trabalhar o emocional dos personagens em torno dessa situação de uma forma mais detalhada.

EL&E: Qual foi o autor ou autora que mais lhe inspirou a escrever? Qual frase ou ação dele (a) que lhe motiva até hoje e que usa como referência de grandes mudanças na literatura?
T.L.: É complicado falar de autores que me inspiraram (e falar um só é impossível). Desde o começo, Tolkien. Li Senhor dos Anéis, O Hobbit e O Silmarillion quando tinha 12 anos e me apaixonei. Foi onde eu aprendi que não adiantava criar só o agora da história. Eu precisava criar os motivos, o passado daquele mundo, para só então ter um conflito que realmente funcionasse e conseguir criar personagens “reais”. Além dele, as escritoras que mais me inspiraram e inspiram são Kim Harrison e Ilona Andrews, que me mostraram que literatura fantástica é festa e eu posso sair misturando tudo e mais um pouco sem medo. Posso passar raiva fazendo tudo isso funcionar depois, mas posso ser feliz e fazer minha mistureba louca (que hoje em dia é minha paixão).

EL&E: Possui alguma mania ou peculiaridade quando esta escrevendo? Por exemplo, coloca um estilo de música especial, se tranca num quarto por horas, faz jejum enquanto escreve um capítulo, escreve de pé, etc.
T.L.: De forma geral, eu escrevo em qualquer lugar e situação. Já escrevi muito no celular, dentro do ônibus, enquanto estava parada no trânsito ou viajando para algum lugar. O mais perto de uma mania que tenho é ouvir música. Tenho playlists de escrita para todos os livros, com as músicas que me deram o “clima” para escrevê-los. Mas isso não é bem uma mania exclusiva de quando escrevo, porque se depender de mim faço tudo ouvindo música (e se bobear cantando junto).

EL&E: Há diversos autores que foram consagrados com um gênero específico de literatura e quando escreveram algo fora disso, não foram tão bem-sucedidos. Hoje, você se imagina escrevendo algo diferente do estilo que vem publicando? E, se sim, como acha que lidaria se o seu novo gênero não fosse tão bem-aceito como o anterior?
T.L.: Não me vejo saindo da literatura fantástica. Ela sempre foi minha paixão, desde criança, e é onde sinto segurança para escrever. O mais perto de sair disso que eu acho que vou chegar é justamente com a série Filhos do Acordo, que foge um bom tanto do meu padrão. Ela é mais focada no romance, apesar de ser ficção científica, com conflitos mais simples e mais divertida. E super bate aquele medo de “será que estou fazendo isso direito? Será que está funcionando mesmo, e não estou forçando?” em cada livro, toda vez que mando capítulo para as betas, toda vez que posto no Wattpad.

EL&E: Como você publicou seu livro? Entrou em contato com editoras? Se sim, como foi o contato com a editora: você a procurou ou ela procurou?
PS: Se não, como é o caminho da auto publicação? Quais são os desafios e as facilidades? Vale a pena?
T.L.: Meus livros são lançados pela Senhor da Lenda, que é um selo próprio. Antes de “começar” ela em parceria com um amigo, pesquisei muitas editoras e entrei em contato com várias, mas não fiquei satisfeita com as propostas que recebi e preferi trabalhar de forma independente. Pode até ser relativamente simples lançar um livro de forma independente, mas dá um bom trabalho. O autor se torna responsável por todas as etapas do processo, tem que cuidar para que tudo sem feito com boa qualidade, senão desde a revisão até a capa. Publicar de forma independente é uma aula. Você é obrigado a aprender sobre o mercado, sobre todo o processo de produção de um livro, faixa de preço de profissionais, onde achar esses profissionais, como publicar, encontrar gráficas e tudo mais, e isso sem nem mencionar a divulgação. É complicado, exige um certo tempo, mas vale a pena demais. É muito bom ter controle total sobre o processo de publicação, de ponta a ponta, porque isso me permite ter meus livros exatamente como quero.


EL&E: Como encara o alto investimento de grandes editoras em livros internacionais?
T.L.: Natural, levando em conta que, no fim das contas, as editoras são empresas e precisam se manter em um mercado não tão bom assim, levando em conta que a leitura não é um hábito muito comum no Brasil. É um investimento seguro para eles: os livros já passaram por todo o processo de edição lá fora, já estão totalmente lapidados e na maioria das vezes já fazem um certo sucesso. Ou seja: nem vão ter tanto trabalho assim com a divulgação. Posso não gostar de como os autores nacionais são praticamente ignorados pela maioria das grandes editoras, mas entendo os motivos por trás disso.

EL&E: Como você, escritor e também amante da literatura, explicaria o fato dos brasileiros leem tão pouco? Que medidas você acredita que deveriam ser feitas para melhorar nossa média anual de leitura?
T.L.: Essa questão é complicada, porque está ligada à realidade do brasileiro. Para uma grande parte da população, a prioridade da vida é conseguir ter dinheiro para o básico. Para comer, para manter um teto sobre a cabeça. A leitura em si é um luxo, até porque só recentemente o mercado está começando a aceitar mais literatura “de massa” (eu odeio esse termo, mas é a forma mais simples de definir aqui), que é acessível para quem não cresceu com o costume de ler. Outra questão importante é como a literatura é trabalhada dentro de sala de aula, quando é trabalhada. A maioria dos alunos tem contato apenas com a literatura clássica. Como você coloca um adolescente que não tem nenhuma bagagem literária para ler Machado de Assis e espera que ele goste? Que ele veja a leitura como algo prazeroso? A leitura é transformada em mais uma das “chatices” da escola, e nada além. Isto é algo que deveria ser mudado para melhorar essa média anual de leitura. Trabalhar os livros “modinha” dentro de sala de aula, por que não? Quem disse que eles não têm nada a ensinar? E, além de ensinar, eles ajudam a criar um hábito. Afinal, quantas pessoas vemos hoje que começaram a ler com Harry Potter (o pessoal mais ou menos da minha idade), com A Culpa é das Estrelas, Jogos Vorazes e tantos outros que foram lançados recentemente? Ou as mulheres que começaram a ler com 50 Tons de Cinza e se tornaram consumidoras assíduas de literatura erótica? Isso é uma mudança necessária – aceitar que literatura não é apenas o acadêmico. É um debate longo e complicado, e que envolve muito mais do que apenas chamar atenção para a leitura.

EL&E: Se você pudesse falar com um futuro escritor que estivesse com medo de publicar seu projeto, diga 3 coisas que você diria a ele que só a vida de escritor publicado lhe ensinou?
T.L.: Primeiro, tenha consciência de que vai ouvir críticas. É impossível lançar um livro perfeito, que vai agradar todo mundo. E também não adianta muito ficar segurando seu material, trabalhando e trabalhando, esperando ele ficar o mais perto possível de perfeito para lançar. Tem muitas coisas que você só vai aprender e começar a ver no texto depois de publicar e ouvir umas tantas críticas,
Segundo, esteja preparado para essas críticas. Não se sinta ofendido por crítica negativa, não leve para o lado pessoal. E também não vá nesse papo de que “se estão criticando é porque está incomodando” ou de “é hater”. Não descarte essas críticas, não tente desacreditar quem falou. Em vez disso, espere, dê um tempo, releia a crítica com a cabeça mais fria e veja o que pode aprender com ela. Sempre vai ter alguma coisa útil ali. Sempre. Então ache o que tem para aprender com as críticas negativas.
E terceiro.... Não pague para publicar. Sério, não caia nessa. É ferrada. Falando de coração. Corre.

EL&E: Além de escrever histórias, você desempenha outras tarefas no mundo editorial, como o desenvolvimento da capa e da diagramação, tradução, leitura crítica, etc.. Como você encara essa tarefa multifuncional? Quais são os prós e os contras de fazer um livro todo sozinha, desde a escrita até a diagramação?
T.L.: É meu trabalho, e que acaba me ajudando muito com meus próprios livros. Aprendi muito (sobre o que fazer e o que não fazer) enquanto estava revisando ou traduzindo. É complicado, desgastante, até, mas adoro esse trabalho.
Uma coisa que eu sempre repito: não dá para fazer um livro sozinha. Não dá, simples assim, por causa de duas etapas básicas: leitura crítica e revisão. O autor está próximo demais do texto para conseguir fazer isso por conta própria. É aquela coisinha de revisão: você já está tão acostumada com o texto que lê o que acha que escreveu, e não o que realmente está escrito. E no caso da leitura crítica, a história está viva demais dentro da sua cabeça que não consegue ver o que precisa ser trabalhado. Mas, fora isso... Fazer as capas e a diagramação exatamente como quero são a melhor coisa. O maior pró é exatamente esse: ter o resultado final como eu imaginei, desde o começo. Posso brincar com a arte da capa, fazer de acordo com o que eu acho que é o certo para a história, mesmo que não esteja dentro do padrão do mercado nacional. Posso brincar com a diagramação, colocar detalhes, procurar novos recursos e fazer realmente como quiser. E o maior contra... Tempo. Haja tempo!

EL&E: Sobre a parte de traduções, como e quando começou a traduzir?
T.L.: Comecei a traduzir do inglês para o português uns bons anos atrás, quando meu pai perguntou se eu não queria traduzir alguns arquivos científicos para os colegas de faculdade dele e ganhar um dinheiro extra. Fiz isso por algum tempo, mas depois que ele se formou eu não corri atrás de continuar, até porque traduzir linguagem técnica é bem complicadinho. Ano passado, por puro acaso, voltei a mexer com isso quando uma cliente de revisão perguntou se eu não traduzia também, porque ela tinha um material em inglês que queria lançar em português. Fizemos o teste, e hoje em dia ela é cliente fixa.
Além disso, em uma época eu cismei de lançar meus livros em inglês. Sempre li muito em inglês, acompanho o mercado independente de língua inglesa também, e achei que valia a pena tentar. Traduzi um conto e um livro, para fazer um teste mesmo e ver se realmente conseguia fazer a tradução do português para o inglês sem ficar estranho. Algumas colegas blogueiras leram e aprovaram a tradução. Os livros não estão mais disponíveis em inglês, mas isso me deu segurança para aceitar fazer testes quando algumas autoras entraram em contato para saber se eu traduzia para o inglês.

EL&E: Como consegue separar a leitura crítica, quando está lendo seu próprio trabalho?
T.L.: Desisti de separar. Sério, não consigo. A história está sempre clara demais na minha cabeça, então não consigo ver os problemas de construção, as partes que preciso aprofundar ou descrever mais, cenas que não são necessárias ou partes em que eu deveria ter dado mais informações. Desisti mesmo. Justamente por isso, sempre tenho betas acompanhando o que estou escrevendo (e dando puxões de orelha), e depois de pronto tenho amigos que trabalham com leitura crítica e que não têm o menor problema em arrancar meu couro nos comentários. Não sei ficar sem eles mais hahaha

EL&E: Você trabalha produzindo capas para outros autores? Se sim, como funciona esse processo? O autor lhe faz um retrato falado do que imagina ou lhe entrega uma ideia (como o que acontece na história, características das personagens, entre outros) e você deixa a imaginação fluir?
T.L.: Eu tenho clientes que já chegam com uma foto e falam “quero essa para tal livro, se vira”. Tenho clientes que fazem um resumo do livro, dando as características dos personagens, os pontos chaves da história e cenários importantes e depois falam o “se vira aí”. Tenho clientes que chegam e falam que não têm a menor ideia de como querem a capa, mas também tenho clientes que chegam com uma coleção de imagens de referência de mais ou menos o que querem. Tem de tudo, sério.
Uma coisa extremamente importante para mim nessa questão de capas é deixar claro desde o princípio o que o leitor vai encontrar ali. Uma coisa que me incomoda em muitas capas nacionais que vejo atualmente é que são lindas, visualmente falando, mas não me falam nada sobre a história. São genéricas, poderiam ser tanto de um livro de fantasia quanto de um romance adolescente. Se a capa é a primeira ferramenta de marketing do livro, ela tem que chamar atenção do público específico da obra desde o primeiro olhar (vamos combinar, de uma forma ou de outra todo mundo julga o livro pela capa, não é? Ou alguém vai falar que quando entra numa livraria sai olhando livro por livro? Não, vai nas capas que chamam mais atenção). Todos os gêneros literários têm recursos visuais que já se tornaram “marcas”, e tento sempre usar estas marcas como base quando estou fazendo alguma capa.

EL&E: Agora, sobre seus livros da série “Filhos do Acordo”, como surgiu a ideia de escrever um SciFi com uma boa dose de romance alienígena? Quais os desafios que encontrou e encontra para escrever cada capítulo?
T.L.: Eu falei que acompanho o mercado independente de língua inglesa, não é? Bom, o pessoal lá faz umas misturas meio inusitadas (e tem coisas que até eu acho bizarras) que acabam dando certo. Conheci o romance scifi assim: estava procurando livros novos de romance paranormal e de alguma forma quando vi estava lendo a sinopse de um romance scifi, que era uma coisa que eu nunca tinha nem pensado que existia. A partir daí eu comecei a ir atrás de mais coisas do gênero e me apaixonei. Passei um bom tempo tentando começar algum livro nesse estilo, mas as ideias não iam para frente. Até que no fim de 2015 aconteceu uma maratona de Star Wars aqui e eu fui com uma amiga. Lá pelas tantas estávamos as duas suspirando por um personagem meio... inusitado, por assim dizer. E aí desse surto de nós duas descobrindo que gostávamos do mesmo personagem começou a brotar a ideia de Kernos.
O maior desafio, com certeza, é fazer a história focar mais no romance do que nos conflitos. É o oposto do que sempre fiz, e um tanto fora da minha zona de conforto, mas estou adorando. E tentar me manter dentro da ficção científica, sem puxar para o lado da fantasia, que é o que costumo fazer também.

EL&E: E os personagens, como surgem as ideias para os personagens masculinos e os nomes deles?
T.L.: É uma mistura... Normalmente começo tendo uma ideia do conflito da história, e a partir daí começo a pensar no tipo de personagens que preciso para encaixar ali. Depois vem a questão do “fazer o casal funcionar”, então tento ir definindo características gerais que se complementem dentro da história. Outra coisa que obviamente sempre influencia na criação dos personagens masculinos são as características que eu gosto ou abomino. Tem algumas coisas que eu simplesmente não consigo escrever.
Agora, os nomes... Olha, já faz uns anos que estou tentando achar a resposta disso, tá? Normalmente os nomes “brotam”. Não faço ideia de como aparecem, só surgem do nada mesmo, e depois nem adianta tentar eu discutir com os personagens e tentar mudar.

EL&E: Com o lançamento do E-book do segundo volume da série, Darius, disponível na amazon, quais são os planos para os próximos volumes? Tem a intenção de lançar os livros físicos também?
T.L.: Bom, antes do livro 3 ainda vai sair um conto sobre uma tal festa e uma promessa (quem ler Darius vai saber do que estou falando). Era para eu ter colocado isso no livro mesmo, mas estava destoando demais, então vira conto. Além disso, os planos são lançar pelo menos mais três livros da série esse ano, o que provavelmente vai encerrar o primeiro arco da história. Depois disso, já tenho pelo menos mais dois livros planejados, mas só ano que vem mesmo.
Pretendo fazer os físicos sim, só não tenho certeza de quando ainda. Vou terminar de lançar os físicos de Crônicas de Táiran primeiro, e aí vejo para começar a imprimir Filhos do Acordo.

EL&E: Por fim, deixe um recado aos nossos leitores e aos aspirantes a escritores:
T.L.: Aos leitores, muito obrigada por serem leitores. Pode ser o maior clichê do mundo dizer isso, mas é a verdade: se não fosse por vocês, nós, escritores, não estaríamos trabalhando com o gosto que trabalhamos. As histórias não iam ter a mesma graça sem saber que estão sendo lidas, sem topar com os comentários internet afora. Então muitíssimo obrigada!
Aos aspirantes a escritores: levanta a cabeça e corre atrás. Simples assim. Não desista. Estude, pesquise sempre, corra atrás de melhorar. Entenda o meio onde você está entrando, e vai atrás do que você quer. Não é fácil, mas não é impossível como costumam dizer, então se arrisque e vai.


A Thais está para lançar um novo livro, que posso dizer que vai fica "pacas" maravilindo e não vejo a hora de tê-los em mãos para ler!
Então vamos aguardar esse lançamento e assim que tivermos novidades, terá uma BookNews especial.

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Até o próximo Produto Nacional!

Carinhosamente,
Esquipe EL&E

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