20/08/2016

Fora das Páginas: Top 3 Classicão de Bruxaria e Feitiçaria

Olá Pessoal


Hoje, na nossa coluna de filmes e séries, gostaríamos de trazer uma proposta um pouco excêntrica. Como nós da Equipe EL&E amamos filmes com bruxaria e feitiçaria (de qualquer gênero e orçamento), resolvemos fazer uma lista dos Top 3 Classicão. Separamos aqueles filmes que todo mundo que ama bruxas e seu universo já viu ou pelo menos ouviu falar...
Então se é isso que você está procurando hoje, caríssimo leitor, por favor, sinta-se à vontade no Fora das Páginas.

Top 3 Classicão:



Título: Da Magia a Sedução
Título Original:  Practical Magic
Ano: 1990
Direção: Griffin Dunne
Gêneros: Fantasia, Comédia dramática
Nacionalidade: Eua
Elenco: Sandra Bullock, Nicole Kidman, Stockard Channing, mais



Sinopse:

As mulheres da família Owens tem poderes mágicos. Mas uma maldição as persegue há mais de duzentos anos: qualquer homem que se apaixona por uma delas, morre. Descendentes da bruxa que começou este feitiço, Sally (Sandra Bullock) e Gillian (Nicole Kidman) são duas irmãs que foram criadas por suas tias (Dianne Wiest e Stockard Channing). Já adultas, enquanto Sally se mostra bastante reservada, Gillian foge de casa para ter o primeiro de muitos namorados. Após algum tempo, Sally se casa e tem duas filhas, mas seu marido acaba morrendo atropelado. Até que chega o momento em que ela deve ajudar Gillian, que se envolveu com Jimmy Angelov (Goran Visnjic), um búlgaro agressivo que as ameaça. Sentindo que correm perigo, as duas o envenenam, mas, temendo as conseqüências de tal ato, Gillian convence Sally que o melhor é trazê-lo de volta a vida. Uma decisão que trará uma série de complicações com polícia e com seus próprios poderes.


Nossas impressões: Acho que todos já viram esse filme. Se você ainda não o conhece fica aqui a dica do que vem: é um filme leve. Não espere algo profundo e reflexivo – embora, se você for desses que tira o melhor dos filmes que vê, ele possa ser bem isso-. É o típico filme de sessão da tarde pela leveza, mas a historia é bastante original por dois pontos: primeiro, você encontra aqui a morte e a superação numa forma leve e o filme não gira em torno disso. Segundo, não é o amor entre um homem e uma mulher que vence o “mal”, mas sim o amor incondicional da família e dos amigos. E três (embora eu não tenha pontuado isso), o filme traz com ele uma sensação de veracidade. As bruxas não são incrivelmente mágicas e cheias de poderes inacreditáveis, mas sim com pequenas simpatias e poções.
A trama é bem feita e não há pontas soltas, talvez no inicio você se perca um pouco com a questão do tempo (pois as épocas passam com flashs e de repente as meninas órfãs são mulheres), mas fora isso, o resto é muito agradável.

As incríveis Sandra Bulock e Nicole Kidman fazem uma dupla de perfeita, uma toda sexy e confiante e outra com medos e reservada, porém incrivelmente forte e sábia.
É uma boa pedida para um dia de descanso.


Nicole Kidman e Sandra Bulock  



Título: Elvira, A Rainha das Trevas
Título Original: Elvira, Mistress of the Dark
Ano: 1988
Direção: James Signorelli
Gêneros: Comédia, Terror
Nacionalidade: Eua
Elenco: Edie McClurg, William Duell, Daniel Greene, Cassandra Peterson



Sinopse: 

Elvira (Cassandra Peterson) é a anfitriã de um programa de baixo orçamento sobre filmes de terror, mas tudo pode mudar quando ela herda da tia Morgana (Cassandra Peterson) uma velha mansão em Fallwell, Massachusetts, uma pequena cidade com apenas 1313 habitantes. Ela sonha em vender a casa e ir para Las Vegas, mas encontra dois sérios problemas: o primeiro são os adultos da cidade, que ficam espantados com o modo de como ela se veste e se comporta. Liderados por Chastity Pariah (Edie McClurg), eles fazem forte oposição à presença de Elvira na localidade. O segundo problema é Vincent Talbot (William Morgan Sheppard), um tio de Elvira que não herdou nada, mas deseja obter de qualquer maneira um "livro de receitas" que também foi herdado por Elvira, que dará a ele imensos poderes para fazer diversos tipos de bruxarias.

Nossas Impressões: O que falar desse filme divo? Sim, sabemos que é um clássico do cinema trash, porém é o típico filme que de tão ruim, acabou sendo aclamado (não fazemos parte da população que acha ruim!). Há tantas cenas improváveis e diálogos malucos que o filme garante muitas risadas e cenas chocantes. E como não amar a nossa Rainha Elvira, interpretada por Cassandra Peterson, personagem muito sensual (nem pense em dizer vulgar, rum!) e pouco discreta, além de incrivelmente carismática e capaz de chocar uma geração inteira de uma cidadezinha. Embora o papel tenha rendido a atriz o premio Framboesa de ouro na categoria de pior atriz, temos que admitir que, se o propósito do filme era nos fazer rir, ela merecia até um óscar!
A trama do filme é leve, debochada e levemente sarcástica, porém bem estruturada, sem pontas soltas e até o desfecho, ainda que meio improvável, foi perfeitamente adequado ao nível do filme. Mesmo com todas as críticas negativas, qualquer pessoa que goste desse gênero de filme tem o dever de fã de assistir esse classicão do cinema trash. Diversão garantida para toda a família.
Para finalizar, gostaria de brindar a nossa impressão com a frase icônica de Elvira:
“Não quero que as pessoas lembrem de mim como um belo par de pernas… Eu também era um belo par de seios!”




Título: As Brumas de Avalon
Título Original: The Mists of Avalon
Ano: 2001
Direção: Uli Edel
Gêneros: Drama, Fantasia
Nacionalidades: Eua, Alemanha, República tcheca
Elenco: Anjelica Huston, Julianna Margulies, Joan Allen, mais



Sinopse:
Morgana (Julianna Margulies) recorda que a maioria do que foi dito sobre o Rei Arthur (Edward Atherton) e aqueles que o cercavam é mentira, pois, como sacerdotisa de Avalon, onde nasceu a religião da Deusa-Mãe, viveu estes acontecimentos, que começaram quando acontece o maior levante já visto na Bretanha. 
Os saxões varriam o país matando igualmente cristãos e seguidores da deusa de Avalon. Se um grande líder não unisse cristãos e pagãos, a Bretanha estaria condenada ao barbarismo e Avalon ao desaparecimento. Gorlois (Clive Russell), o pai de Morgana, lutava incansavelmente contra as hordas de saxões. 
Nesta época Morgana era apenas uma criança, que vivia na Cornuália com Igrane (Caroline Goodall), sua mãe, que era ainda uma seguidora da antiga religião e praticava secretamente a antiga magia. Morgause (Joan Allen), a irmã de Igrane, também lá morava e apreciava o poder de Avalon. Um dia Viviane (Anjelica Huston), que também tia de Morgana e, principalmente, era a grã-sacerdotisa de Avalon, passou a visar apenas um objetivo: salvar Avalon dos saxões. Ela teve uma visão que o rei morreria em 6 meses, sem deixar herdeiros. Viviane comunica a Igrane que ela irá gerar este líder, mas não com Gorlois, seu marido, e sim com um homem que usa o símbolo do dragão e é um seguidor da deusa. 
A idéia desagrada Igrane, sendo que Morgause diz que não tem marido a quem trair e também tem o sangue de Avalon, assim quer fazer este homem se apaixonar por ela e gerar esta criança. 
Viviane se opõe, dizendo que ninguém pode viver o destino de outro, e fala para Morgause que ela tem um rei e filhos no seu futuro, mas não dá explicações. Viviane planeja salvar Avalon através da unção e treinamento de sua sobrinha, Morgana, como sua sucessora, manipulando a linhagem real para gerar Arthur, um rei que abraçará tanto as crenças pagãs quanto o cristianismo. 
Desta forma Avalon seria salva, pois a ilha é o centro pagão do poder e um mundo místico invisível para aqueles que não crêem. Porém, conforme o cristianismo avança pela Inglaterra e mais pessoas se afastam da Deusa, esse reino misterioso se torna difícil de alcançar até mesmo para os que têm fé, com a ambiciosa Morgause se empenhando em frustrar seus planos. Viviane tem um temperamento determinado e boas intenções, mas comete um erro que atingirá Morgana pessoalmente e afetará toda a Bretanha.

Nossas Impressões: Não tem como falar de As Brumas de Avalon sem lembrar também da obra homônima de Marion Zimmer Bradley, nos contando a épica aventura do Rei Arthur, porém de um ponto de vista diferente, sem realmente focar única e exclusivamente no personagem masculino. O filme nos faz imergir em Camelot e Avalon de maneira sem igual, muito bem ambientado e personificado.
Temos bastante diferenças entre os livros e o filme, porém foram mudanças positivas e muito bem trabalhadas. A trilha sonora criada para o filme pode ser usada durante a leitura também, com a voz da magnífica Loreena McKennit, embalando a abertura das Brumas para a Ilha de Avalon.
O filme soube nos mostrar esse lado místico com uma visão bem mais realista do que acontecia na época céltica – claro, com adaptações para entretenimento, porém ainda um pouco mais fiel do que outros filmes que encontramos por aí. E é também um reflexo da própria obra da Marion.
Temos aqui um filme, que se, antigamente locado, teríamos o compêndio de duas fitas VHS – tipo O Senhor dos Anéis. É um filme bem longo, mas com um roteiro bem fechado, amarrando todas as pontas deixadas pelo caminho ao desenrolar da história.

Angelica Huston é a estrela no filme, muito bem caracterizada como Viviane – um completo oposto da Morticia hahaha. A personagem dela é uma das que sofre uma mudança nessa transação livro-filme, mas é um ponto muito forte, pois ela soube encarnar a alma da personagem e seus ideais. Para quem curte bastante a cultura Celta, As Brumas de Avalon é uma ótima pedida, pois podemos conhecer até mesmo um dos festivais que regem o ano deles – no caso do filme é Beltane (fica a dica para vocês pesquisarem!).


Fica aqui nossa dica de Clássicos de bruxaria. Esperamos que gostem e se divirtam assistindo. Ah! E, e claro, comente. Comentem muito!

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